Eu tinha que começar de algum lugar, e tinha muitas lembranças e gostos, que ficavam voando na minha cabeça, sem eu conseguir pegar nada. A idéia pronta, e os dedos à postos no teclado, a música mais legal que eu tenho no ouvido, e horas perdidas sem resolver nada.
Que óbvio, vou abrir um vinho!
O Marqués de Tomares Crianza 2005, veio da adega do Edvino, porque ele ia sair da carta, e peguei a preço de custo. Antes disso ele veio da importadora Porto a Porto, que tem um portfólio muito legal, e trabalha muito bem. Ainda antes, ele veio da Espanha, da região da Rioja, que é uma das mais tradicionais, junto com a Ribeira Del Duero e do Priorato. É um dos rótulos produzidos pela Unión de Viticultores Riojanos, que faz além da linha Marqués de Tomares, o Don Román, que é bem conhecida por aqui pelos seus espumantes Cava.
Mas falando do vinho, ele é Crianza, o que significa pela Denominación de Origen Calificada de Rioja, que determina como os vinhos são feitos lá, que ele fica 1 ano em barricas, no caso dele, de carvalho americano, depois no mínimo 14 meses na garrafa descansando antes de ser rotulado e vendido, o que diabos isso significa? Que o vinho tem estrutura suficiente, que se torna necessário “amaciar” por um tempo antes de vendê-lo, que significa que é um vinho bem feito, com complexidade e estrutura para durar algum tempo na adega.
Não falei do vinho ainda, bom, visualmente ele tem uma característica de idade na cor, que é rubi, com reflexos de tijolo. O aroma é bem intenso, elegante, e me lembrou fumaça, caramelo, couro, frutas muito maduras. Na boca percebe-se a madeira macia e doce, a acidez bem equilibrada.
É um vinho encorpado e macio, todos os aspectos unem-se perfeitamente em equilíbrio, o que o torna irresistível, e te leva até o fundo da garrafa, como uma mulher bonita.
Esse post inteiro é mentira!
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